terça-feira, 13 de novembro de 2007

Gráficos da Enquete sobre Câncer de Colo de Útero em 10/2007


Essa pesquisa foi realizada na CEFETSP - Uned Cubatão (Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo - Unidade de Ensino Descentralizada de Cubatão), com alunos, professores e funcionários em outubro de 2007.

O que é o câncer de colo de útero?

O câncer de colo de útero se inicia no colo uterino da mulher, que é a parte do útero que fica no fundo da vagina. O útero é o órgão que envolve o bebê durante a gravidez e ao nascer de parto vaginal, o bebê passa pelo canal central do colo uterino.Este tipo de câncer costuma apresentar crescimento lento.
Durante vários anos, células da superfície do colo do útero se tornam anormais. No início, estas anormalidades ainda não se caracterizam como um câncer e são denominadas displasias. Porém algumas dessas alterações ou displasias podem dar início a uma série de alterações que podem levar ao aparecimento do câncer de colo de útero.
Algumas displasias se curam espontaneamente, sem tratamento, mas sendo algumas pré-cancerosas, todas necessitam de atenção para evitar o aparecimento do câncer. Geralmente o tecido displásico pode ser retirado ou destruído sem atingir tecidos saudáveis, mas em alguns casos, a histerectomia (retirada total do útero) pode ser necessária. A decisão do tratamento da displasia depende de alguns pontos:
- Tamanho da lesão e quais tipos de alterações ocorreram nas células;
- Se a mulher planeja ter filhos no futuro;
- A idade da mulher;
- A saúde geral da mulher;
- A preferência pessoal da mulher e do seu médico;

Se células pré-cancerosas se transformam em células verdadeiramente tumorais e se espalham mais profundamente no colo uterino ou outros órgãos e tecidos, a doença é chamada de câncer de colo uterino ou cervical (vindo da palavra cérvix, outro sinônimo para colo de útero).
O câncer cervical está dividido em dois tipos principais, baseados no tipo de célula do qual o câncer se originou, o Carcinoma de células escamosas - representa de 85% a 90% de todos os casos ou o Adenocarcinomas - cerca de 10%.

Fonte: http://www.caapsml.com.br/saude/dicasginecologico.php

Fatores de risco

Fator de risco é qualquer coisa que aumente as chances de uma pessoa desenvolver determinada doença. Alguns, como o cigarro, por exemplo, podem ser evitados, outros, como a idade, não:
- Infecção por HPV: é o mais importante fator de risco. O HPV (papilomavírus humano) é uma família de mais de 100 tipos de vírus, que causam verrugas. Alguns HPVs causam verrugas genitais (condiloma), e outros, câncer de colo de útero, os chamados HPVs de alto risco. Os HPVs são transmitidos sexualmente e o risco de infecção é maior em quem tem início precoce da vida sexual e mantém relações sexuais sem proteção. O risco é maior também entre as mulheres que têm múltiplos parceiros ou que mantêm relações com homens que têm várias parceiras. Atualmente, não existe cura ou tratamento para o HPV que causa alterações nas células do colo do útero, mas, geralmente, a infecção desaparece sem tratamento. Ela é mais comum em mulheres jovens, com menos de 30 anos, mas não se sabe por quê. O teste de Papanicolaou detecta alterações nas células provocadas pelo HPV e, embora não haja tratamento para a infecção, o crescimento celular anormal que ele provoca pode e deve ser tratado. Embora seja o mais importante fator de risco para o câncer de colo de útero, a maioria das mulheres infectadas não vai desenvolver a doença. Acredita-se que outros fatores também desempenhem papel importante para o aparecimento da doença.
- Fumo: mulheres fumantes têm duas vezes mais chance de ter câncer de colo de útero em relação às que não fumam. A fumaça do cigarro produz compostos químicos que podem danificar o DNA das células do colo do útero e aumentar o risco de o câncer se desenvolver.
- Infecção por HIV: o vírus da Aids também pode ser um fator de risco, na medida em que enfraquece as defesas do organismo e reduz sua capacidade de combater o vírus e o câncer em seus estágios iniciais.
- Infecção por clamídia: é uma infecção, sexualmente transmitida, bastante comum e que a maioria das mulheres só descobre no exame de Papanicolaou. Alguns estudos indicam que mulheres que têm ou tiveram clamídia correm maior risco de ter câncer de colo de útero.
- Alimentação: uma dieta rica em frutas, verduras e legumes diminuem o risco de câncer de colo de útero e de outros cânceres. Mulheres com excesso de peso também apresentam risco aumentado.
- Dietilstilbestrol (DES): esse hormônio foi usado entre 1940 e 1970 em mulheres com risco de aborto espontâneo, mas suas filhas apresentam risco maior de ter câncer da vagina e colo de útero.
- Histórico familiar: estudos recentes mostram que mulheres cujas mães ou irmãs tiveram câncer de colo de útero correm maiores riscos de desenvolver a doença, talvez porque seus sistemas imunológicos tenham capacidade menor de combater o HPV.
As adolescentes podem reduzir o risco da doença retardando o início da sua vida sexual. Já as mulheres de todas as idades tendo um número menor de parceiros e/ou evitando aqueles de vida sexual promíscua. Nem sempre o HPV provoca o aparecimento de condilomas visíveis, portanto, nem sempre é possível saber se o parceiro é portador de HPV ou não.

Fonte: http://www.hcanc.org.br

Sinais de alerta

A maioria das mulheres não apresenta qualquer sinal ou sintoma na fase de displasia ou no câncer de colo inicial. Os sintomas aparecem quando o câncer invade outros tecidos ou órgãos. Os mais característicos são:- Pequenos sangramentos fora do período menstrual- Menstruação mais longa e volumosa que o usual.- Sangramento após relação sexual ou ducha vaginal ou exame vaginal.- Dor durante a relação- Sangramento após a menopausa- Aumento de secreção vaginalQuando apresentam alguns destes sintomas muitas mulheres tendem a ignorá-las por parecer que estão relacionados com condições pouco sérias. Quanto mais tempo de leva para diagnosticar o câncer de colo e mais tempo se demora em iniciar o tratamento, piores são as chances de cura. Qualquer destes sintomas deve ser relatado ao médico.

Fonte: http://www.caapsml.com.br

Exame ginecológico preventivo de câncer - Papanicolau



Dr. Sérgio dos Passos Ramos
O exame ginecológico é um dos mais importantes exames para a saúde da mulher. É normal que existam medos e ansiedades para a sua realização. O objetivo deste artigo é responder a maioria das perguntas para que as mulheres possam entender COMO e PORQUE é realizado este exame.
O exame é simples, e tem reduzido as mortes por câncer de colo de útero em 70 %, desde sua criação pelo Dr. George Papanicolau em 1940. O sucesso do teste é porque êle pode detectar doenças que ocorrem no colo do útero antes do desenvolvimento do câncer. O exame não é somente uma maneira de diagnosticar a doença mas serve principalmente para determinar o risco de uma mulher vir a desenvolver o câncer.
Quem pode e deve fazer o exame?
Todas as mulheres com ou sem atividade sexual devem fazer o exame anualmente.
Qual a melhor época para fazê-lo?
No mínimo uma semana antes de sua menstruação. Evite duchas, cremes vaginais, e relações sexuais tres dias antes do exame.

No que consiste o exame ginecológico ?
O exame completo é constituído do exame das mamas ( aguarde artigo sobre este exame) e depois o exame ginecológico.
Este é constituído pelo exame externo da vulva e depois a colocação de um espéculo na vagina para visualizar a vagina e o colo do útero.

Mulheres virgens também devem ser examinadas ?
Sim, existem diversas técnicas que permitem o exame de mulheres virgens. Avise o médico que você é virgem ANTES do exame.

O que o médico vê lá dentro ?
O exame mostra o interior da vagina e o colo do útero.





O que é o colo do útero?
Colo do útero é a parte do útero que fica dentro da vagina.
(Para visualizar melhor as imagens clique em cima delas)

Imagem normal do colo do útero.





Imagem do colo do útero com inflamação.


E o exame preventivo de câncer, o que é?
Este exame é a colheita de material do colo do útero o qual é mandado para um laboratório especializado em citopatologia. Também é chamado de citologia oncótica, Papanicolau, e fora do Brasil é conhecido como Pap Test ou Pap Smear.
Este exame pode ser complementado com a Colposcopia. (aguarde artigo sobre este exame)

Quais são os possíveis resultados?
O resultado é normalmente fornecido em Classes de Papanicolau que variam de I a V e que devem ser interpretados exclusivamente por seu médico. Um exame classe V nem sempre quer dizer uma doença malígna.

Mas este exame só serve para isto?
Não, a citologia serve para determinar outras condições de saúde de seu corpo tais como nível hormonal, e doenças da vagina e do colo do útero. Por isto é importante que seja o seu médico quem interprete o exame e lhe dê medicamentos específicos para estas alterações.

O exame dói?
Não. É preciso estar relaxada. Converse com seu médico se estiver com medo.
Onde fazer o exame?
Se você tem um convênio médico ou usa um médico particular marque uma consulta com seu médico ginecologista de confiança.
Este exame também pode ser feito gratuitamente em qualquer Unidade Básica de Saúde do Sistema Único de Saúde e também em todas as Faculdades de Medicina do Brasil. Procure por um Serviço de Saúde da Mulher.

Dr. Sérgio dos Passos Ramos
Ginecologista e Obstetra - São José dos Campos - SP

Fonte: http://www.saudevidaonline.com.br/artigo37.htm

Estadiamento

Após o diagnósticos exames adicionais com radiografias podem ser realizadas para avaliar se o tumor se espalhou para outras áreas do corpo. O câncer é estadiado conforme a sua extensão de acometimento. Sabendo do estágio, o medico pode decidir sobre o melhor tratamento e avaliar prognósticos.
No Estadiamento uma ferramenta chamada de sistema TNM é freqüentemente empregada. É uma maneira de descrever o tumor primário e o acometimento de outras área do corpo.
TNM é a abreviação de tumor (T), linfonodo (node, em inglês) (N), e metástases (M). Baseado no TNM, o câncer é classificado nos estágios:
· Estágio 0: O tumor é denominado carcinoma in situ. Em outras palavras, o câncer está superficial no colo do útero, não atingindo camadas mais profundas de tecidos.
· Estágio I: O tumor atinge tecidos mais profundos, mas se limita ao útero.
· Estágio II: O tumor invade áreas vizinhas ao colo uterino como a vagina, mas ainda está dentro da área pélvica.
· Estágio III: O tumor se espalhou para a parte inferior da vagina ou da parede pélvica. O tumor pode estar bloqueando os ureteres (tubos que levam a urina dos rins até a bexiga).
· Estágio IV: O tumor atinge a bexiga ou o reto ou já atinge órgãos distantes, com os pulmões.
Os termos recorrência ou recaída significam a volta da doença após já ter sido tratada. Ela pode voltar tanto no colo de útero quanto em outra parte do corpo.

Fonte: http://www.andre.sasse.com/colo.htm

Tratamento

Dentre os tratamentos mais comuns para o câncer de colo de útero estão a cirurgia e a radioterapia, mas a quimioterapia e a terapia biológica também são usadas em alguns casos. O tipo de tratamento que o doente receberá depende do estadio da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais como idade de desejo de filhos no futuro.

Cirurgia

A cirurgia remove o tecido tumoral. Para o câncer cervical que estejam restritos ao colo, os seguintes procedimentos podem ser usados:
· A criocirurgia destrói as células tumorais por congelamento.
· A cirurgia a laser destrói o tumor usando um feixe de luz intensa.
· A conização retira um pedaço do colo em forma de cone para remover o tecido tumoral.
· A histerectomia remove o útero e colo. A salpingo-ooforectomia bilateral retira as duas trompas e os dois ovarios e é realizada no mesmo tempo cirúrgico com a histerectomia.
Para tumores que atingem estruturas além do colo, outras opções de cirurgia são usadas:
· A histerectomia radical remove o colo do útero, útero, parte da vagina, e linfonodos regionais.
· A exanteração pélvica, que remove útero, vagina, colon baixo, reto ou bexiga, geralmente feita após radioterapia.

Radioterapia

A radioterapia utilize-se de radioatividade para matar as células tumorais e impeder o seu crescimento. Na radioterapia externa a radiação vem de um grande aparelho posicionado para direcionar feixes radioativos em determinada direção. A radioterapia interna ou braquiterapia usa materiais radioativos que são colocados diretamente no colo de útero através de tubos ou agulhas.

Quimioterapia

A quimioterapia usa drogas ou medicamentos para matar as células tumorais. Ela pode ser indicada como tratamento único em doenças mais avançadas. Uma droga ou combinação de várias drogas podem ser usadas, dependendo de cada caso. A eficácia da quimioterapia, no entanto, para o tratamento da doença metastática é baixa.
A quimioterapia, ultimamente, tem sido utilizada na potencialização do tratamento radioterápico, aumentando a eficácia e as taxas de cura de pacientes com doença em estágios intermediários.

Fonte: http://www.andre.sasse.com/colo.htm

Entrevista com especialista

HPV, o que é e como se previne.


Doutor René Cláudio Gansl é médico oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e do Hospital Sírio Libanês. Mestre em Hematologia pela Faculdade de Medicina de São Paulo – USP, participou de 164 congressos, simpósios e jornadas, tem 24 publicações em revistas nacionais, 6 capítulos em livros nacionais e 6 publicações em revistas internacionais.

Rep: Luiz Felipe Otello.
Como você define o câncer?

René: Como o crescimento de várias células em um determinado local configurando um tumor maligno.

Rep: O que o vírus HPV tem a ver com o câncer de colo de útero?

René: Modernamente, o papilomavírus humano HPV, causa uma infecção genital que tem uma relação nítida com o câncer de colo de útero.

Rep: Quais são os sintomas da doença?

René: As manifestações iniciais podem ser corrimento mal cheiroso, sangramento irregular e perda de sangue após relação sexual. Em caso mais avançado pode ocorrer uremia (aumento da uréia no sangue devido à obstrução das vias urinárias) e dor.

Rep: A mãe que fuma ou consome bebida alcoólica durante a gravidez colabora para o desenvolvimento de um câncer nesse filho?

René: O ato de fumar e ingerir bebida alcoólica pelas gestantes não colabora com o surgimento de câncer no feto nem aumenta a chance desse indivíduo vir a desenvolvê-lo no curso de sua vida.

Rep: Quais são os principais fatores que contribuem para o surgimento do câncer de colo de útero?

René: Fatores como início precoce de relações sexuais, múltiplos parceiros e infecções virais.

Rep: O câncer é contagioso?

René: O câncer não é contagioso. Também não é transmissível nem por via oral e nem por qualquer tipo de contato (beijo, abraço, etc).

Rep: Existe alguma característica no ser humano que o faz ser mais propenso a desenvolver o câncer?

René: Embora haja alguns fatores que propiciem o surgimento do câncer, como os químicos, os físicos, os biológicos e os farmacológicos, há um reconhecimento cada vez maior de que a maioria dos cânceres resulta dos efeitos combinados de múltiplas exposições associados a uma constituição genética, própria de cada indivíduo.

Rep: Em sua opinião, qual seria o melhor conselho que você daria a uma pessoa que descobriu que está com câncer de colo de útero?

René: Que quanto mais precoce for o diagnóstico do tumor e mais rapidamente ser iniciado o tratamento, menor a chance dele se espalhar para outros órgãos.